quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Artigos para Reflexão

Amigo(a) internauta, a série "Artigos para Reflexão" está de volta. Neste novo texto, o segundo da série, a Supervisora Escolar Gláucia Lessa aborda o incentivo a leitura e a produção textual. Logo em seguida, confira também uma matéria sobre o PAI (Período de Acompanhamento Intensivo). Uma ótima leitura e navegação para todos.

O incentivo a leitura e a produção textual são temas de destaque na EMEIF João Paulo II

O analfabetismo escolar é sem duvida um dos graves problemas enfrentados pela educação nos tempos atuais em nosso país, não somente por ser entrave ao desenvolvimento social, mas, por não permitir que todas as pessoas tenham acesso aos bens culturais, ao conhecimento produzido pela sociedade, enfim, à possibilidade de crescimento pessoal, profissional e social.
O objetivo desse texto não é aprofundar sobre essas discussões até mesmo porque elas não são novidades para alguns, mas relatar um pouco sobre a realidade da escola supracitada, enquanto instituição que enfrenta essa problemática há alguns anos, e onde se tem conseguido avanços significativos através de determinadas ações. Antes de iniciar as reflexões, é oportuno definir esse termo analfabetismo escolar para haver melhor compreensão das análises feitas.
Considero, a partir de leituras de Emilia Ferreiro, Ana Teberosky, Artur Gomes de Morais, Magda Soares, entre outros, que a melhor definição de analfabetismo escolar seja “todos os processos de não acesso e da não completude da aprendizagem da língua escrita, ou melhor, a não utilização social desse bem cultural”. Vale a pena destacar que segundo os parâmetros curriculares nacionais em língua portuguesa: “A conquista da escrita alfabética não garante ao aluno a possibilidade de compreender e produzir textos em linguagem escrita”.
Tomando por base as considerações acima, acredito que analfabeto escolar sejam também as crianças que ao vencerem essa etapa inicial de relação do escrito ao falado, de decodificação e codificação de palavras e frases, não prosseguem em sua aprendizagem da linguagem escrita, e como conseqüência não utilizam com competência essa ferramenta. Alguns alunos estancam nesse processo, não compreendendo que a escrita é algo valioso e que deve fazer parte de sua vida escolar e social, de forma a ajudá-lo a se apropriar de novos saberes e instumentalizá-lo a intervir na vida social com mais igualdade.
Essa concepção ampliada do processo de alfabetização é fundamental para a reflexão diária do professor e da formulação da proposta pedagógica para essa área da língua portuguesa nas séries iniciais. Hoje, percebo com mais clareza de que as concepções refletem diretamente no fazer pedagógico do professor, e que essa questão na prática é bem mais complexa do que muitos autores já sinalizaram. Na realidade há um longo caminho a percorrer. Se o professor não tiver a compreensão exata do que é esse processo, com certeza haverá retrocessos e estagnações na aprendizagem da criança. Como falei anteriormente, não é fácil, é necessário muito estudo e preparo para fazer uma intervenção eficaz.
É a partir dessa reflexão que estamos a algum tempo estudando, discutindo com os professores estratégias de ensino capazes de dar respostas para as demandas apresentadas pelos alunos nas questões de leitura e produção textual. Além do projeto de leitura que comentamos no texto anterior, estamos com algumas iniciativas que tem como meta incentivar, motivar e possibilitar o incentivo a leitura e a produção textual. É claro que com ajuda, colaboração e empenho direto do professor. Dentro dessa perspectiva podemos citar, entre nossas ações:
1. A Biblioteca Ambulante / Tenda da Leitura, com o acesso a vários gêneros textuais.
2. A produção de apostilas de produção de texto para as salas de Jardim I, Jardim II, 1º e 2º anos, que tem como objetivo colocar essa temática como proposta de todas as séries, além de aproximar desde cedo o contato com essa atividade. É lógico que cada uma tem suas especificidades de acordo com o nível de desenvolvimento das crianças.
3. Diagnóstico de todas as turmas de 1º a 5º séries, em relação aos aspectos de leitura e produção textual. Realizado no 1º e 2º semestres, e debatido com os professores nos conselhos de classe.
4. Promoção de sessão de estudos em formato de cursos, através de módulos planejados no foco da necessidade do professor, na temática de leitura e escrita. Os estudos e reflexões são levados a sala de aula, com as atividades propostas de cada módulo (infelizmente, devido a reforma física da escola, essa ação não está sendo realizada), mas, para ela não “morrer completamente” iremos proporcionar Chats com as discussões das sessões que já aconteceram.
5. O PAI (Período de Acompanhamento Intensivo) que é o momento destinado ao acompanhamento dos alunos que ainda não avançaram na aprendizagem na leitura/ escrita (acontece no 1º e 2º semestre).
6. Análises das produções de texto das 3ª, 4ª e 5ª séries para encaminhar propostas de intervenção pedagógica.
7. Publicação do livro de cada sala com as melhores produções de texto de cada aluno no final do ano. Esse ano por questões de calendário faremos a II mostra literária com a apresentação do livro virtual, já que não haverá tempo hábil para levar o esboço dos livros a gráfica.
Essas são algumas das ações pedagógicas realizadas na escola com foco na leitura e produção textual. Sabemos que não é uma tarefa fácil, muitas delas foram e serão redimensionadas para atingir nossos objetivos, no entanto temos clareza de que estamos no rumo certo, já que boa parte dessas iniciativas teve origem em momentos de discussões com os professores e nas observações do dia-a-dia em contato direto com os alunos. Como diz Jussara Hoffman: “Quando seguimos as setas, o desconhecido e o inesperado não assustam mais, porque se tem a confiança de que elas nos manterão no rumo certo”.
Penso que se conseguirmos continuar nessa trajetória, não somente com esses projetos redimensionados, mas com novos que virão com certeza, estaremos formando leitores e produtores de texto, capazes de serem protagonistas de sua aprendizagem e porque não dizer, de sua própria história.
Gláucia Soares Lessa
Supervisora Escolar

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Período de Acompanhamento Intensivo

A EMEIF João Paulo II iniciou em Outubro o PAI (Período de Acompanhamento Intensivo) nas salas de 2º e 3º anos. O objetivo do PAI é trabalhar as dificuldades dos alunos no que concerne ao eixo leitura e escrita. Até o final do mês serão concluídas todas as ações, sendo que, a 2ª etapa do PAI acontecerá no mês de Fevereiro.
O PAI é uma experiência pedagógica que já vem sendo desenvolvida na escola desde o ano passado e, graças ao sucesso alcançado em 2007, está sendo mais uma vez realizada em 2008. O PAI reafirma o compromisso da EMEIF João Paulo II com a educação de qualidade para os seus alunos e é mais uma das iniciativas da escola destinada a melhoria da aprendizagem dos estudantes.

Produções de Texto

A Coordenação Pedagógica da EMEIF João Paulo II está fazendo a análise das produções textuais das salas de 3º, 4º e 5º anos. O objetivo maior é trabalhar a leitura e a produção textual para a melhoria das produções feitas pelos alunos. Vale ressaltar que todo este trabalho é feito em conjunto com os professores sendo que, no próximo planejamento, será feita a devolução da 1ª análise para encaminhamento e agendamento de uma nova data para as próximas análises das produções textuais.